Vamos, Criatura!
Autor: DeRose
Você
já parou para pensar que suas ações são meros reflexos de um
condicionamento social que a escraviza a um comportamento estereotipado,
comportamento de rebanho que caminha para o matadouro, infeliz, mas
resignado?
Já
meditou no fato de que você não usa o seu livre arbítrio nem um pouco e
que você pensa, fala, sente e age de acordo com aquilo que os outros
esperam de você?
Onde
está o ser inteligente que se distingue do resto dos animais pelo seu
poder de volição e de decisão? Ele está manifestado em você? Vamos,
sinceridade. Você faz o que quer – ou, ao menos, atreve-se a pensar o
que quer? Ou pensa aquilo que a família, a sociedade, os amigos, as
instituições querem que você pense?
Não,
não pare de ler. Ou só vai ler as coisas amorosas que eu escrever?
Enfrente pelo menos um pedaço de papel que lhe diz na cara que você não
se assume. Que você tem sido tão influenciável pela opinião dos outros,
que está se tornando uma pessoa sem vontade, sem personalidade.
Não
estou zangado, não. Estou é tentando sacudir você tão bem que talvez
consiga despertar. Afinal, você é inteligente e sabe a enorme variedade
de doenças físicas e psíquicas que advêm da frustração, da auto-mentira,
da infelicidade crônica do dia-a-dia sem sentido, do stress causado pela rotina medíocre e mesquinha.
Você já achou o sentido da sua vida?
A
vida é dinamismo, é movimento e não estagnação. Estagne-se pelo medo de
agir e se deteriorará como as tantas esposas e mães que vivem
frustradas e arrependidas por não se terem deixado arrebatar por uma
grande causa… e hoje trazem no semblante os vincos indeléveis da
infelicidade incurável, essa mesma infelicidade que não hesitam em
oferecer como herança malsã às suas filhas para que vivam as as mesmas
pressões, mesmas depressões, as mesmas conversas, as mesmas fofocas, a
mesma impotência para um orgasmo pleno ou para uma opinião própria, as
mesmas lamentações, as mesmas lágrimas…
Você
tem um compromisso cósmico agora! Mas tem, também, a liberdade de não
aceitá-lo. O karma lhe deu a liberdade de opção que constitui a chave
mestra de um fardo chamado responsabilidade. Só que, ingrata, você recusa essa dádiva e se obstina em não querer assumir a responsabilidade da decisão.
Você se acomoda indolentemente na almofada fofa da inércia. Simplesmente por medo de enfrentar uma mudança.
Já parou para pensar na idade que tem? Não acha que já está na hora de ter um pouco mais de maturidade?
Vamos!
Utilize uma pontinha de sinceridade e responda: essa é a vida que você
queria? Ela a realiza? Você já pensou como é que vai ser o seu futuro se
tudo continuar nessa covardia e nessa acomodação?
Vamos,
Criatura! Aventure-se, corra o risco que a vida é isso. A vida vale a
pena quando se tem uma boa causa pela qual se possa sorrir ou chorar,
pela qual se possa viver ou morrer.
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